segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A advertência de Deus - Comecem bem e terminem bem.




"Por isso, filho do homem, diga aos seus compatriotas: ‘A retidão do justo não o livrará se ele voltar-se para a desobediência, e a maldade do ímpio não o fará cair se ele se desviar dela. E se o justo pecar, não viverá por causa de sua justiça Se eu garantir ao justo que ele vai viver, mas ele, confiando em sua justiça, fizer o mal, nada de justo que fez será lembrado; ele morrerá por causa do mal que fez." Ezequiel 33:13,14

Que texto forte! Os versículos iniciais desta passagem começam com uma advertência de Deus para o ofício do profeta. No Velho Testamento, o sacerdote é aquele que representa o povo perante Deus. O profeta é o inverso, ele representa Deus perante o povo. O profeta é a "boca de Deus" como popularmente conhecemos. No texto, o ofício do profeta é para advertir sobre a chegada da espada do Senhor para os ímpios. Deixa claro que Deus avisa antes de executar o juízo.

No decorrer dos versos, a Bíblia parece lembrar que o profeta é aquele que não deve priorizar a opção de ser patriota (como Jonas), ou mesmo de se achar com a opção de escolher ser boca de Deus ou não, porque se esta pessoa que deveria ser avisada morrer, o sangue cairá sobre o profeta.

Preciso inferir um pequeno comentário sobre o profeta que li em Jeremias 1:5 "Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações". Observe que Deus fala para Jeremias que o separou e o designou para profeta. Em outras versões, Deus fala que o "DEU" para ser profeta. O profeta não tem a opção de ser profeta, Ele foi separado e dado para isso. Deixar de cumprir isso revela desconhecimento de quem é Deus e do sentido da própria existência.

No verso 11 de Ezequiel 33, Deus revela o seu coração para que o profeta saiba qual a finalidade de sua advertência. Deus diz que não tem "prazer na morte do ímpio". Logo, o profeta não deve se guiar por outro caminho que não seja advertência para o arrependimento.

Chegamos ao verso 13, apesar de ainda está no contexto de profeta, à advertência é mais no geral, não apenas para o profeta. Os avisos agora são para os justos. O interessante que ao ler, nós não sabemos qual o critério Deus está usando para avaliar os não crentes, mas pelo conteúdo do texto podemos concluir que os justos precisam ficar precavidos para serem fiéis até o fim. O interessante é que um justo pode praticar a retidão todos os dias, mas se um dia se desviar para iniquidade, aquele dia pode definir seu destino. O próprio Deus diz que não lembrará todas as suas justiças, mas sim a iniquidade.
Muitos podem concluir que Deus está valorizando mais o erro do que o acerto, mas definitivamente não é isso. Tudo tem a ver com o culto racional. A Bíblia deixa claro que Deus não leva em conta em tempo de ignorância, mas convida todos os homens ignorantes ao arrependimento. O rigor é igual para todos que forem iguais em conhecimento. Aqueles que detêm mais conhecimento o peso é diferente.

O peso é diferente para o justo porque o mesmo tem capacidade de discernir, ou seja, o mesmo não é desconhecedor dos mandamentos de Deus. A abordagem do texto é para dizer que não podemos começar bem, mas devemos terminar bem. Que devemos escolher todos os dias o caminho da retidão e se manter firme Nele.

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